quinta-feira, 8 de março de 2012

Após a Tempestade-Capítulo 34

As palavras de Aline eram suaves, serviam como um bálsamo que trazia alívio para o coração de Paula, muitas vezes ela se sentia receosa, tinha medo de ficar sozinha, de perder a força que Aline lhe transmitia, e quando ela sentia esse medo, Aline a encorajava, ela sabia que as duas precisavam ser fortes para que pudessem enfrentar todo o drama que estava apenas começando.Aline era a força que Paula precisava, as duas juntas agora eram muito mais fortes, e assim se sentiam mais confiantes para atravessar todos os desafios que já estavam acontecendo em suas vidas, como o preconceito do pai de Paula  e todos os demais problemas que elas enfrentariam.
Passadas algumas horas elas resolveram ir embora, Aline deixou Paula em sua casa e no momento em que ela chegava já estava quase amanhecendo, seu pai a esperava acordado ele já estava se aprontando para ir para o trabalho.Paula se assustou ao vê-lo acordado, ele a esperava furioso e quando ela entrou na sala ele foi logo perguntando:
-Você estava com aquela mulher não é?

Paula respondeu:
_ Aquela mulher tem nome, pai, o nome dela é Aline.

-Pois para mim ela é uma pessoa qualquer, não me interessa o nome dela, só quero que você me responda, sim ou não.
Paula com a voz firme respondeu:
-Já que o Senhor insiste pai, eu estava com ela sim, nós saímos e agora ela me trouxe pra casa.
-Que maravilha você chega em casa já amanhecendo o dia, eu disse pra você se afastar dessa mulher e você continuou se encontrando com ela, por isso o que eu tenho pra te falar é muito simples, eu quero que você pegue as suas coisas e saia dessa casa, porque aqui só fica quem respeita as minhas ordens, sai logo dessa casa porque eu não quero ficar discutindo com você, se discutir adiantasse alguma coisa você teria  parado de se encontrar com ela e como eu já percebi que o seu interesse é mesmo me afrontar, agora eu vou mostrar quem é mais forte, eu vou te fazer ver que aqui dentro quem manda sou eu.
Paula olhou para ele e disse:
-O meu interesse não é e nunca foi afrontar o Senhor, tudo o que eu quero é fazer com que o Senhor veja que eu tenho vida própria, que eu tenho o direito de viver minha vida da maneira que eu me sentir bem, o Senhor não tem o direito de me impedir de ser feliz, o Senhor é feliz com minha mãe não é?
Ele olhou para ela e não disse nada, Paula continuou:
-O Senhor se casou com a pessoa que o amava, por que eu tenho que fazer diferente?
-Não se trata disso, você distorce tudo o que eu falo, a questão não é essa, isso que você faz é vergonhoso, todos aqui no bairro comentam, eu não aguento mais ficar ouvindo alguns comentários a seu respeito, você é minha filha eu não queria que te fizessem sofrer.
-Pois não se preocupe pai, eles não me fazem sofrer, muito pelo contrário eles não imaginam que os comentários maldosos acabam me dando uma força muito maior para que eu possa enfrentá-los, eu não ligo mais para eles, agora só me importa ser feliz e eu sou feliz, muito feliz pai, me deixa ser feliz com ela da mesma maneira que o Senhor é feliz com a minha mãe.
-É diferente minha filha, a situação é outra, eu e sua mãe somos um casal de verdade, essa mulher tirou você de nós, ela te iludiu, eu a odeio, sabe o que é odiar uma pessoa minha filha?Ela não é nada para mim.
-Ela não precisa significar algo para o Senhor, pai, basta que ela signifique algo muito  forte para mim, e pode ter certeza de que ela é muito especial, agora se o Senhor sabe o que é odiar uma pessoa, eu sinto muito, só tenho a lamentar, porque eu não sei o que é odiar.
Ele a olhou com os olhos fumegantes, ele demonstrava ódio em seu olhar.Paula olhava para ele apenas ouvindo aquele desabafo, sem lhe dizer mais nada.Em seguida, ele falou:
-Eu odeio essa mulher.



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